S H A K E S P E A R E   L I V R E

            Em uma feliz parceria, o COLETIVO SHAKESPEARE LIVRE e a SINOS CIA DE TEATRO  apresentam uma adaptação bastante original do clássico de William Shakespeare: A INCRÍVEL HISTÓRIA DE REI LEAR.

              O espetáculo é patrocinado pelo Fundo Municipal de Apoio à Cultura,  Conselho Municipal de Política Cultural de Blumenau, Fundação Cultural de Blumenau e Prefeitura de Blumenau.





 

 





SINOPSE:

Espetáculo de rua onde clowns narram e encenam de forma perspicaz, inusitada e irreverente a história de um Rei que dá seu reino às duas filhas ambiciosas e depois se arrepende.



Duração: 50 minutos

Indicação etária: 

 

 

 

RELEASE:

        A frase célebre de sócrates: " conhece-te a si próprio", e o ideal de kant: "A autoperfeição e a felicidade humana são ao mesmo tempo objetivos e obrigações dos seres humanos", parecem ter sido escritos para REI LEAR. A história do rei autoritário que prefere a hipocrisia, banindo sua única filha honesta e perdendo tudo para as duas filhas ambiciosas nos leva a nos questionarmos em busca dessas respostas.

        O espetáculo propõe um mergulho nesta reflexão sobre os verdadeiros valores importantes da vida. Um conteúdo que se mantém atual e que não poderia ser mais propício, se levarmos em conta que a sociedade atual atravessa uma difícil fase de ausência de valores humanísticos, onde o ser humano perde a cada dia seu valor para si e para os outros.

      Acreditamos que uma produção de teatro de rua, voltada para todas as idades consiste em uma grande oportunidade de aliar formação de plateia, diversão e reflexão em um espetáculo de qualidade artística e técnica. Esta proposta de adaptação e encenação objetiva trazer, de forma criativa e divertida, temas universais importantes, através de uma linguagem com a qual o espectador se identifique, promovendo deste modo uma reflexão sobre valores éticos e morais, angústias, desejos, entre outros conflitos humanos.

Shakespeare foi e ainda é um autor popular em sua essência, pois os enredos de suas peças continuam atuais. Aliar a genialidade do dramaturgo com um projeto que agrade a todas as idades, se torna algo extremamente natural.

        A encenação deste espetáculo optou pela utilização de elementos do metateatro (um dos dispositivos favoritos de Shakespeare), assumindo o fato de que se tratam efetivamente de clowns que estão ali para narrar e encenar uma história, estabelecendo uma linguagem narrativa capaz de dialogar com a plateia.

     Além das técnicas de clown e de ator-narrador, também existe o uso de um trabalho corporal intenso, essencial e significativo, onde a presença sempre visível dos atores e do músico durante o tempo integral do espetáculo - inclusive durante as trocas de figurino e de personagens, elementos já característicos da pesquisa de linguagem do “Projeto Shakespeare Livre” - visa obter a prontidão indispensável para o decorrer da ação.

    A liberdade de criação, improvisação e ludicidade permitida pelos clowns auxilia tanto no contato com a imprevisibilidade da rua quanto na utilização de formas animadas (Cordélia e Rei da França) e de efeitos especiais como bolhas de sabão, fumaças coloridas, estalinhos, entre outros.

      Dando continuidade à proposta cênica de todo o projeto, o espetáculo tem um cenário que objetiva oferecer materialmente as mesmas infinitas possibilidades das criações oníricas. Composto por uma escada de alumínio com rodinhas que, utilizada de diversas formas, compõem todos os ambientes em que a ação cênica acontece, este espaço atemporal não realista possibilita aos atores uma atuação dinâmica, inventiva, expressiva e viva, em interação com a imaginação do espectador para que este seja capaz de visualizar as mudanças de espaço.

      Seguindo a mesma linha de mistura de linguagens e atemporalidade, os atores-narradores-clowns têm um figurino-base, com o qual iniciam e findam o espetáculo, sobre o qual entram os elementos que compõem e marcam cada uma das personagens. A linha de interpretação se serve da pesquisa e decodificação de matrizes, criando uma corporeidade e máscara facial específica para cada personagem.

     A sonoplastia é realizada em cena pelos próprios atores e pelo músico, utilizando a voz e instrumentos como: banjo, flauta transversal, clarinete e trompete.